quinta-feira, 26 de julho de 2012

Telas Literárias

Tecnologia! Sinônimo de modernidade nos alcançando a cada passo desse século XXI. E como todas as grandes inovações nos dispositivos eletrônicos, a arte de escrever e o exercício de folhear um livro, já não é uma pratica distante do mundo tecnológico. São os livros eletrônicos inovando espaço e “empoeirando os exemplares nas estantes.”.
Talvez não seja assim tão bruscamente que os leitores mudaram a pagina, mas essa inovação já tem espaço significativo na sociedade. Não precisa ir longe para perceber que a leitura esta com uma roupagem diferente, mas com a mesma finalidade.
Voltando do trabalho um dia, encontrei uma amiga no ônibus e ela estava lendo a bíblia pelo celular. Quem sabe assim seria mais fácil para os cristãos carregar a bíblia para onde for, afinal, hoje em dia, ninguém sai de casa sem o celular. Por outro lado, imagina se os padres, pastores e evangelizadores, usassem o celular para ler a bíblia na missa, no culto e nos momentos de oração. Imagino que Deus também usaria o wi-fi para todos ligarem o Bluetooth e receber o Espírito Santo.
Esse tipo de leitura é um progresso tamanho, mas também não é pra tanto! Os livros eletrônicos, por estar em seus poucos anos de vida tem muito espaço ainda para conquistar diante dos séculos percorridos pelos livros escritos e editados no papel. Penso que se fosse um atrativo que incentivasse as pessoas a lerem mais a buscarem a leitura diariamente, seria uma boa cartada, e assim como muitos outros dispositivos, as pessoas não desgrudariam os dedos das telinhas para ler.
Nós brasileiros, principalmente não temos muito gosto para leitura seja na forma agora, “antiquada”, seja na forma moderna. Na verdade não existe forma para leitura, e sim gosto e acesso aos livros e ao mundo literário. E essa realidade, é demasiadamente distante dos nossos hábitos. Assim nos encontramos na necessidade de transformar, digo até revolucionar essa carência das pessoas com os livros.
Falando um pouco dos leitores, muito tem gostado dessa prática, compram os livros eletrônicos e se sentem mais aconchegados com isso. Pesquisas revelam que a maioria dos jovens e adolescentes prefere esse tipo de leitura, e na verdade tudo passa por esse processo tecnológico no mundo, o “antigamente” faz parte de ontem e de um livro escrito por Jose de Alencar a séculos atrás. E hoje, temos esse mesmo livro, já com as paginas amareladas, e os aparelhos eletrônicos com as paginas acesas. O que é importante destacar é que independente da época e da forma como são feitos os livros, a emoção e interesse do leitor podem ser o mesmo.
Contudo, ainda fico com a busca dos livros na estante, onde o cheiro dos livros me estimula a mais uma leitura prazerosa. É uma tradição na quais muitos não abrem mão, mas também não vejo os livros eletrônicos como “intocáveis”. Mas, penso que um livro fora do papel é como diz na musica do Skank: “É como mergulhar no rio e não se molhar é ter o estomago vazio e não almoçar é ver o céu se abrir no estilo e não se animar”.
Felizmente, tem leitura para bem melhor servir a todos, basta ter vontade. Então, cabe a nos leitores priorizar não a forma como se lê e sim a importância de ampliar o gosto pela leitura, ainda que com os dizeres do livro no papel, ou com as telas escritas acesas.

(Bruna Soares)

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