Eu, definitivamente, adoro os festejos juninos. Ouvi esses dias, nas chamadas do programa da Regina Casé (por sinal, fantástico e genuíno), que brasileiro tem “vocação para festa”. Em outros contextos isso poderia até ser interpretado de forma negativa: vocação para festa em oposição a vocação para o trabalho, mas tenho certeza que não era essa a intenção do programa. Em todo caso, defendo a idéia de que o brasileiro tem vocação (e deve investir nisso) para Festa Junina (tanto é que já deu um jeito de esticá-las para julho). Para mim, é a festa das festas. A festa nacional, a cara do Brasil sertanejo. É cara do Brasil justamente porque têm várias caras, vários ritmos, várias gingas.
Enquanto as festas de final de ano têm elementos de qualquer parte do mundo, uma cara comercial e uma “ressaca” anual, as festas juninas cumpriram o ritual antropofágico tão propagado pelos modernistas: engoliram as quadrilhas de salão portuguesas e a tradição cristã e deglutiram a festa da roça e um cristianismo pagão (nossa, vou ser excomungada depois dessa). Internacionalmente o Brasil é reconhecido pelo Carnaval, mas acho que devemos nos reconhecer no São João. Ele tem a cara do nosso sincretismo religioso, tem jeito de festa em ode ao trabalho, tem gosto bom (de milho, de doce). É festa de quem não tem medo de ser cafona e nem faz força para esquecer o passado (para construir uma nação, reinterpretar o passado é fundamental). Além disso, enquanto Carnaval pára o país; as Festas Juninas movimentam a economia dos lugares que mais precisam.
Alguns críticos dizem que as Festas Juninas, sobretudo as das escolas, inferiorizam e estigmatizam o caipira (acho mesmo que a educação escolar acaba fazendo isso em vários momentos), mas não consigo deixar de me encantar com o aconchego e com a “malícia ingênua” dessas festas. Pra mim, é como se elas dissessem assim… olha a tristeza... É mentira!
Oh, sô! É bão dimais! Bons festejos juninos a todos.
(Érica Melanie)
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Luana Costa
É com grande orgulho e satisfação... (sempre tive um tesão enrustido por começar um texto dessa forma brega...)
É com grande orgulho e satisfação que me torno colunista do blog “opinião inestimável”...
Desenvolvi grande interesse por cultura no início da minha adolescência, e junto ao interesse, é de costume adquirir um pouco de conhecimento sobre o assunto... Tal conhecimento até hoje me serviu para ter uma percepção mais aflorada sobre o lado artístico de tudo que me rodeia, e a sair ganhando em algumas das discussões do tipo “quem tem o pensamente mais lógico/complexo”. Mas agora poderei compartilhar um pouco do que aprendi de forma mais saudável, e gostaria que isso fosse recíproco, também quero saber da opinião de quem lê o que eu escrevo...
Admito que de todos os tipos de manifestação artística o que mais tenho afinidade é a dança – talvez pelo fato de eu ser bailarina – mas acredito que o que sei sobre cinema/televisão será valido... Enfim, espero que gostem do que tenho a oferecer.
Dados que me esqueci de colocar na minha apresentação:
Nome: Luana Costa
Twitter: @outside_lu
É com grande orgulho e satisfação que me torno colunista do blog “opinião inestimável”...
Desenvolvi grande interesse por cultura no início da minha adolescência, e junto ao interesse, é de costume adquirir um pouco de conhecimento sobre o assunto... Tal conhecimento até hoje me serviu para ter uma percepção mais aflorada sobre o lado artístico de tudo que me rodeia, e a sair ganhando em algumas das discussões do tipo “quem tem o pensamente mais lógico/complexo”. Mas agora poderei compartilhar um pouco do que aprendi de forma mais saudável, e gostaria que isso fosse recíproco, também quero saber da opinião de quem lê o que eu escrevo...
Admito que de todos os tipos de manifestação artística o que mais tenho afinidade é a dança – talvez pelo fato de eu ser bailarina – mas acredito que o que sei sobre cinema/televisão será valido... Enfim, espero que gostem do que tenho a oferecer.
Dados que me esqueci de colocar na minha apresentação:
Nome: Luana Costa
Twitter: @outside_lu
sábado, 25 de junho de 2011
The Vampire Diaries
Oiii galera, voltei!! Desculpe a demora, mas estava cheia de coisas para resolver! Vamos ao que interessa!!
Bom, como todo mundo sabe, os vampiros estão em alta agora em filmes, livros e séries. Eu, particularmente, amo essas coisas e hoje eu estou aqui para dar a dica de uma super série americana, que está fazendo um mega sucesso, chamada The Vampire Diaries (no português, Diários do vampiro). Essa série é baseada em uma saga de livros da escritora Lisa Jane Smith. Ela escreveu os três primeiros livros da saga em 1991; em 2009, depois de 16 anos, ela voltou a escrever. No Brasil, esses livros foram publicados somente em 2009 e em 2010 estreou a série pelo canal americano The CW Television Network e atraiu o maior público de todas as séries desde a rede em 2006.
Essa série tem em seu elenco os homens e as mulheres mais bonitos de Hollywood, segundo várias revistas americanas!
No elenco estão:
Nina Dobrev como Elena Gilbert/Katherine Pierce (Katerina Petrova)
Paul Wesley como Stefan Salvatore
Ian Somerhalder como Damon Salvatore
Steven R. McQueen como Jeremy Gilbert
Katerina Graham como Bonnie Bennett
Candice Accola como Caroline Forbes
Michael Trevino como Tyler Lockwood
Matthew Davis como Alaric Saltzman
Zach Roerig como Matt Donovan
Essa série conta a história de Elena Gilbert, uma adolescente de 17 anos que perdeu os pais em um acidente de carro. Ela e seu irmão Jeremy, de 15 anos, tiveram que lidar com o luto e seguir suas vidas. Para cuidar deles, sua tia Jenna se mudou para Mystic Falls, uma cidade marcada de várias histórias sobrenaturais.
Em um dia na escola aparece um garoto lindo e misterioso chamado Stefan Salvatore, logo ele e Elena se apaixonam, mas muita coisa ainda está por vir porque o irmão de Stefan, Damon Salvatore, reaparece em busca de vingança querendo acabar com a vida dele, mas algo o chama a atenção: Elena é muito parecida com o seu grande amor do passado, Katherine Pierce, a garota que ele e o irmão amavam incondicionalmente. Essa série envolve muito terror, suspense e romance. É impossível não se apaixonar por este trio.
(Stephanie Pedrosa)
Bom, como todo mundo sabe, os vampiros estão em alta agora em filmes, livros e séries. Eu, particularmente, amo essas coisas e hoje eu estou aqui para dar a dica de uma super série americana, que está fazendo um mega sucesso, chamada The Vampire Diaries (no português, Diários do vampiro). Essa série é baseada em uma saga de livros da escritora Lisa Jane Smith. Ela escreveu os três primeiros livros da saga em 1991; em 2009, depois de 16 anos, ela voltou a escrever. No Brasil, esses livros foram publicados somente em 2009 e em 2010 estreou a série pelo canal americano The CW Television Network e atraiu o maior público de todas as séries desde a rede em 2006.
Essa série tem em seu elenco os homens e as mulheres mais bonitos de Hollywood, segundo várias revistas americanas!
No elenco estão:
Nina Dobrev como Elena Gilbert/Katherine Pierce (Katerina Petrova)
Paul Wesley como Stefan Salvatore
Ian Somerhalder como Damon Salvatore
Steven R. McQueen como Jeremy Gilbert
Katerina Graham como Bonnie Bennett
Candice Accola como Caroline Forbes
Michael Trevino como Tyler Lockwood
Matthew Davis como Alaric Saltzman
Zach Roerig como Matt Donovan
Essa série conta a história de Elena Gilbert, uma adolescente de 17 anos que perdeu os pais em um acidente de carro. Ela e seu irmão Jeremy, de 15 anos, tiveram que lidar com o luto e seguir suas vidas. Para cuidar deles, sua tia Jenna se mudou para Mystic Falls, uma cidade marcada de várias histórias sobrenaturais.
Em um dia na escola aparece um garoto lindo e misterioso chamado Stefan Salvatore, logo ele e Elena se apaixonam, mas muita coisa ainda está por vir porque o irmão de Stefan, Damon Salvatore, reaparece em busca de vingança querendo acabar com a vida dele, mas algo o chama a atenção: Elena é muito parecida com o seu grande amor do passado, Katherine Pierce, a garota que ele e o irmão amavam incondicionalmente. Essa série envolve muito terror, suspense e romance. É impossível não se apaixonar por este trio.
(Stephanie Pedrosa)
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Chaplin: Quando o silêncio exprime a voz da liberdade
“O som aniquila a grande beleza do silêncio”. Com esse pensamento Charles Chaplin se consagrou um marco na história do cinema, tendo como traço marcante o cinema mudo – apesar de ter desenvolvido obras no cinema falado - e sua visão crítica se tornou inovação para sua geração e influência para as que se seguiram...
Chaplin levava gargalhadas às pessoas com elementos simples do cotidiano, mas através da comédia ele transmitia muito mais que sorrisos. Em suas obras era possível perceber sua visão do mundo e as freqüentes críticas que fazia ao mesmo, mais que ator, mímico, cineasta, diretor, escritor e comediante, ele foi um pensador louvável que chamou a atenção das pessoas para as injustiças e os problemas sociais que os cercavam. Afinal, quem não se lembra de Chaplin em “O grande ditador”, filme que ele satiriza a imagem de Hitler, a fim de criticar o regime fascista?
Tais críticas lhe causaram problemas... Seus filmes foram proibidos na Alemanha por serem considerados subversivos e contrários a moral e aos costumes. No início da década de 50, Chaplin foi proibido de permanecer vivendo nos EUA, sendo acusado de se inclinar ao comunismo. Ele se dizia defensor da liberdade, do homem, da justiça e da verdade e, certamente, não pretendia fazer nenhuma revolução, mas seus argumentos não foram aceitos e Chaplin acabou tendo que se exilar na Suíça.
Hoje, no cinema contemporâneo, se encontram inúmeras referências a ele. Afinal, Chaplin soube ser universal, todos o entendiam, de qualquer parte do mundo. Hoje é raro quem não se lembre de Carlitos, o vagabundo – personagem mais famoso de Charles Chaplin – com seus sapatos maiores que os pés, bengala, bigode e chapéu. Esse personagem deixou em nós o sentimento de saudade e admiração.
Chaplin – um dos maiores nomes do cinema mudo – deu lugar à imaginação de quem o assistia, possibilitando a cada um de nós inventar falas de acordo com a cena apresentada. Como ele próprio dizia, “com o uso da palavra não há lugar para imaginação”.
(Luana)
Chaplin levava gargalhadas às pessoas com elementos simples do cotidiano, mas através da comédia ele transmitia muito mais que sorrisos. Em suas obras era possível perceber sua visão do mundo e as freqüentes críticas que fazia ao mesmo, mais que ator, mímico, cineasta, diretor, escritor e comediante, ele foi um pensador louvável que chamou a atenção das pessoas para as injustiças e os problemas sociais que os cercavam. Afinal, quem não se lembra de Chaplin em “O grande ditador”, filme que ele satiriza a imagem de Hitler, a fim de criticar o regime fascista?
Tais críticas lhe causaram problemas... Seus filmes foram proibidos na Alemanha por serem considerados subversivos e contrários a moral e aos costumes. No início da década de 50, Chaplin foi proibido de permanecer vivendo nos EUA, sendo acusado de se inclinar ao comunismo. Ele se dizia defensor da liberdade, do homem, da justiça e da verdade e, certamente, não pretendia fazer nenhuma revolução, mas seus argumentos não foram aceitos e Chaplin acabou tendo que se exilar na Suíça.
Hoje, no cinema contemporâneo, se encontram inúmeras referências a ele. Afinal, Chaplin soube ser universal, todos o entendiam, de qualquer parte do mundo. Hoje é raro quem não se lembre de Carlitos, o vagabundo – personagem mais famoso de Charles Chaplin – com seus sapatos maiores que os pés, bengala, bigode e chapéu. Esse personagem deixou em nós o sentimento de saudade e admiração.
Chaplin – um dos maiores nomes do cinema mudo – deu lugar à imaginação de quem o assistia, possibilitando a cada um de nós inventar falas de acordo com a cena apresentada. Como ele próprio dizia, “com o uso da palavra não há lugar para imaginação”.
(Luana)
terça-feira, 21 de junho de 2011
Nails Fashion Week
Olá galerinha. Esses dias o assunto mais corrido no mundinho fashion é o badalado “São Paulo Féchon Uíky” e aquelas modelos usando roupas que nenhuma pessoa em sã consciência usaria, mas que ali na passarela até que fazem algum sentido insano artístico. Só que desfile de moda “de pessoa” todo mundo já ouviu falar, e se eu dissesse que houve um desfile de unhas? Isso mesmo, meu bem, as unhas resolveram liberar seu lado diva e resolveram tomar as passarelas!
Dia 08/06/11 começou o evento em São Paulo, onde marcas de esmaltes como Colorama, Avon, Sally Hansen, Alessandro e Givenchy. O mais interessante é que os dedinhos pintados de esmalte desfilam em uma passarela. Os esmaltes são o foco, e não mais um acessório de desfile. Eram gravados vídeos e a exibição do desfile era feita por telão aos convidados.
Veja um vídeo com o teaser do desfile logo abaixo. E no canal do “Nails Fashion Week” você pode ver o desfile detalhado de cada marca.
ASSISTA AQUI
É isso gente. O que acharam desta ideia? Eu não sei vocês, mas eu quero muito outras edições deste desfile.
Links
Canal no Youtube: VEJA AQUIFacebook: ENTRAR
(Karen Antonieta)
Dia 08/06/11 começou o evento em São Paulo, onde marcas de esmaltes como Colorama, Avon, Sally Hansen, Alessandro e Givenchy. O mais interessante é que os dedinhos pintados de esmalte desfilam em uma passarela. Os esmaltes são o foco, e não mais um acessório de desfile. Eram gravados vídeos e a exibição do desfile era feita por telão aos convidados.
Veja um vídeo com o teaser do desfile logo abaixo. E no canal do “Nails Fashion Week” você pode ver o desfile detalhado de cada marca.
ASSISTA AQUI
É isso gente. O que acharam desta ideia? Eu não sei vocês, mas eu quero muito outras edições deste desfile.
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Canal no Youtube: VEJA AQUIFacebook: ENTRAR
(Karen Antonieta)
domingo, 19 de junho de 2011
Gente jovem por aí…
Sempre me pergunto onde anda pousando o senso livre dos jovens nesse tempo moderno e diversificado do qual também faço parte. Nas ruas, nas esquinas, no shopping Center, nas boates, nas raves, nos bares, nas escolas, nas igrejas, nas festas, dos morros aos “palácios”, espalhados em capas de revistas e nas páginas de jornais sensacionalistas ou nos acentos de uma empresa de telemarketing, a gente está por aí...
O caminho é amplo, sugestivo, opcional ou “força do destino”. As drogas, o alcoolismo precoce, atos de vandalismo e irresponsabilidade, os acidentes que “geram filhos”, viciados em internet, em jogos eletrônicos e nas tecnologias de primeiro mundo, a gente vive isso aí...
Também não é questão para se generalizar, mas por onde andam aqueles que não se enquadram nessas mazelas? Eu, sinceramente, ando me desanimando com as faces dessa juventude.
Quem se reúne com os amigos para discutir sobre o vulcão no Chile? Para que ficar pensando nisso, o vestibular é só no improviso, e o importante é fazer as pistas de dança “ferverem”. Tá certo que não é pra tanto, mas é por aí a triste realidade.
E o que dizer da mídia? “Amiga” que nos alimenta e atualiza. Claro, o indivíduo em qualquer faixa etária é atingido. A criança que assiste seu desenho matinal e convencem seus pais a comprarem os brinquedos da propaganda; a dona de casa que utiliza o xampu usado pela atriz principal da novela no horário nobre comercial; o trabalhador que é cativado a comprar em 12 prestações, que cabem no seu mínimo salário, a TV de cinqüenta polegadas da última linha de lançamentos, e chega até os jovens , “cabeças frescas”, o poder alienante da mídia, as roupas de marca, o creme contra espinhas do Luan Santana, o colorido do restart e o tênis Nike nos pés do filho de um empresário aos pés do filho de um operário.
Sem base no rosto as garotas não aparecem em público, sem carro ou moto os rapazes não têm “fama”. São escolhas da felicidade ao alcance da liberdade?, mas refletindo sobre essas atitudes, acredito que isso está próximo da irresponsabilidade. Na sociedade queremos sim a liberdade, ser diferente, ter voz ativa, mas não adianta se somos manipulados, não adianta “ser só mais um rosto bonitinho”.
Talvez, falta tirar o Chilli Bens do rosto e enxergar que a Terra está em cartaz, aqui, ali, fora do país e que é mais importante comentar a foto daquela mancha negra no mar, do que se indignar no Orkut porque seu amigo postou uma foto sua sem maquiagem e sua espinha tá de matar.
Juventude, o espelho do futuro? Por fora temos vidas bonitas, temos um caminho em flores, uma aparência forte, que revigora nossos sorrisos descolados. É, ainda acredito nas caras de espinhas, que podem expressar indignação quando falha a justiça. Ainda acredito nos olhares embaixo das franjas que desamarram a esperança de que o amanhã poderá ser melhor. Acredito nas mãos pintadas, independente do sexo, que se unem para fazer brotar a paz.
Sim, é um belo discurso, mas falta sair dessas palavras, arregaçar as mangas e por em prática, por tanto, mãos à obra galera!
(Bruna Soares)
O caminho é amplo, sugestivo, opcional ou “força do destino”. As drogas, o alcoolismo precoce, atos de vandalismo e irresponsabilidade, os acidentes que “geram filhos”, viciados em internet, em jogos eletrônicos e nas tecnologias de primeiro mundo, a gente vive isso aí...
Também não é questão para se generalizar, mas por onde andam aqueles que não se enquadram nessas mazelas? Eu, sinceramente, ando me desanimando com as faces dessa juventude.
Quem se reúne com os amigos para discutir sobre o vulcão no Chile? Para que ficar pensando nisso, o vestibular é só no improviso, e o importante é fazer as pistas de dança “ferverem”. Tá certo que não é pra tanto, mas é por aí a triste realidade.
E o que dizer da mídia? “Amiga” que nos alimenta e atualiza. Claro, o indivíduo em qualquer faixa etária é atingido. A criança que assiste seu desenho matinal e convencem seus pais a comprarem os brinquedos da propaganda; a dona de casa que utiliza o xampu usado pela atriz principal da novela no horário nobre comercial; o trabalhador que é cativado a comprar em 12 prestações, que cabem no seu mínimo salário, a TV de cinqüenta polegadas da última linha de lançamentos, e chega até os jovens , “cabeças frescas”, o poder alienante da mídia, as roupas de marca, o creme contra espinhas do Luan Santana, o colorido do restart e o tênis Nike nos pés do filho de um empresário aos pés do filho de um operário.
Sem base no rosto as garotas não aparecem em público, sem carro ou moto os rapazes não têm “fama”. São escolhas da felicidade ao alcance da liberdade?, mas refletindo sobre essas atitudes, acredito que isso está próximo da irresponsabilidade. Na sociedade queremos sim a liberdade, ser diferente, ter voz ativa, mas não adianta se somos manipulados, não adianta “ser só mais um rosto bonitinho”.
Talvez, falta tirar o Chilli Bens do rosto e enxergar que a Terra está em cartaz, aqui, ali, fora do país e que é mais importante comentar a foto daquela mancha negra no mar, do que se indignar no Orkut porque seu amigo postou uma foto sua sem maquiagem e sua espinha tá de matar.
Juventude, o espelho do futuro? Por fora temos vidas bonitas, temos um caminho em flores, uma aparência forte, que revigora nossos sorrisos descolados. É, ainda acredito nas caras de espinhas, que podem expressar indignação quando falha a justiça. Ainda acredito nos olhares embaixo das franjas que desamarram a esperança de que o amanhã poderá ser melhor. Acredito nas mãos pintadas, independente do sexo, que se unem para fazer brotar a paz.
Sim, é um belo discurso, mas falta sair dessas palavras, arregaçar as mangas e por em prática, por tanto, mãos à obra galera!
(Bruna Soares)
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