segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Formas de uma nação desonesta

De acordo com padrões de vida sociais e morais em que a sociedade brasileira se encontra, a ética personaliza uma distante característica no perfil dos indivíduos. As cenas de desmoralização se expandem na mídia, enxergamos de perto, mas nos mantemos intactos. A dignidade sem rumo passa de mãos dadas com a banalidade do povo.
Pensar em um país precário de honestidade sem ter uma nação ativa na defesa dos direitos é entender que aceitamos o abuso de poder. Estamos Inibidos frente às forças que corrompem nossos direitos.
O percurso da corrupção desmoraliza o perfil da sociedade, no Brasil, por exemplo, a política é o foco no qual encontramos por toda parte indivíduos de colarinho, gravata e carteira recheada envolvidos em “falcatruas”, casos que de tão freqüentes são difíceis para se crer em mudanças. As pessoas fazem o papel de desentendidas e ao mesmo tempo encenam comodismos desanimadores. Escândalos como o Mensalão, desvio de dinheiro, suborno e até mesmo a ousada ação do roubo da prova do Enem, em 2009, seguida por fraudes em 2010, erros e da “precariedade” no cenário da educação, prefiguram o velho esquema de um país falsamente democrático e injusto.
Punir aqueles que todos sabem serem os culpados é uma tarefa sem práticas, e quase nunca realizada. Passa-se o tempo e o povo se esquece, e a justiça cessa onde esperava-se que o bem ainda fosse feito, contudo alguns indivíduos alertam seu senso de equilíbrio, e indignados manifestam o repúdio as injustiças. A dúvida que nos cabe é saber quando seremos ouvidos.
Mesmo com vozes ativas na representação da minoria, com ecos pedindo arrego e rimas expressando a desarmonia política, o caráter elitizado e fraudulento vem assombrando há bastante tempo nosso cotidiano brasileiro.
A conclusão leva a aceitar que de fato o Brasil é um país emergente e a única certeza é que se existe riqueza está bem visível que não existe sua partilha. A esperança ainda coloca o vestido rodado e samba no gingado daqueles que têm o pé na consciência, ou talvez na crença, mas falta lucidez para grande maioria que coloca a cabeça falha e remota na dança das promessas e dos poucos feitos, que aceitam e não ligam para os valores fora do ritmo na melodia do país, e assim enquanto não regarmos o bom senso a sede causadora vai permanecer afogando nossos direitos no qual devemos respeito.

(Bruna Soares)

5 comentários:

Rudayne disse...

É a nua e crua realidade desse nosso Brasil mas sejamos otimistas por melhorias e o mais importante de tudo é cada um fazer a sua parte tendo consciencia na hora de eleger nossos representantes.

Érica Melanie disse...

Às vezes, o ceticismo nos consome... Mas o ceticismo por ele mesmo é o pior dos motores da história. Se a culpa é dos políticos, ela não é minha... Não parto apenas do princípio de cada um deve fazer a sua parte ou do princípio da caridade e da solidariedade. Como disse Rudayane, eleger bons representantes é fundamental, mas não basta. Precisamos estabelecer formas de fiscalização e controle eficientes. Essa é a nossa parte...

Alfonso Chíncaro disse...

Parabéns Bruna pela reflexão que trazes ao blog. De certo a maioria de nós compartilha de teu ponto de vista. Os comentários de Rudayne e da Professora Érica complementam muito bem a linha do teu pensamento. Meu horizonte deslumbra para um futuro próximo uma grande historiadora.

lu disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lu disse...

"Faço parte do mundo_e no entanto ele me torna perplexo."
O Brasil jamais será um paraíso,a humanidade jamais formará ao lado de Deus,nem com ele estará totalmente em paz,mas a partir do momento que decidimos de que lado estamos e tiramos nossos valores do bolso para traze-los à nossa vida a sociedade começa a transformar.O mundo não será salvo,mas se os indivíduos quiserem poderão se salvar...
Exigimos melhorias na política,saúde,educação,no país em geral,e nos esquecemos de exigir mais de nós mesmos.

Gostei muito do texto.

10 de março de 2011 08:1