Chaplin: Quando o silêncio exprime a voz da liberdade

“O som aniquila a grande beleza do silêncio”. Com esse pensamento Charles Chaplin se consagrou um marco na história do cinema, tendo como traço marcante o cinema mudo – apesar de ter desenvolvido obras no cinema falado - e sua visão crítica se tornou inovação para sua geração e influência para as que se seguiram...
Chaplin levava gargalhadas às pessoas com elementos simples do cotidiano, mas através da comédia ele transmitia muito mais que sorrisos. Em suas obras era possível perceber sua visão do mundo e as freqüentes críticas que fazia ao mesmo, mais que ator, mímico, cineasta, diretor, escritor e comediante, ele foi um pensador louvável que chamou a atenção das pessoas para as injustiças e os problemas sociais que os cercavam. Afinal, quem não se lembra de Chaplin em “O grande ditador”, filme que ele satiriza a imagem de Hitler, a fim de criticar o regime fascista?
Tais críticas lhe causaram problemas... Seus filmes foram proibidos na Alemanha por serem considerados subversivos e contrários a moral e aos costumes. No início da década de 50, Chaplin foi proibido de permanecer vivendo nos EUA, sendo acusado de se inclinar ao comunismo. Ele se dizia defensor da liberdade, do homem, da justiça e da verdade e, certamente, não pretendia fazer nenhuma revolução, mas seus argumentos não foram aceitos e Chaplin acabou tendo que se exilar na Suíça.
Hoje, no cinema contemporâneo, se encontram inúmeras referências a ele. Afinal, Chaplin soube ser universal, todos o entendiam, de qualquer parte do mundo. Hoje é raro quem não se lembre de Carlitos, o vagabundo – personagem mais famoso de Charles Chaplin – com seus sapatos maiores que os pés, bengala, bigode e chapéu. Esse personagem deixou em nós o sentimento de saudade e admiração.
Chaplin – um dos maiores nomes do cinema mudo – deu lugar à imaginação de quem o assistia, possibilitando a cada um de nós inventar falas de acordo com a cena apresentada. Como ele próprio dizia, “com o uso da palavra não há lugar para imaginação”.

(Luana)